Qual a verdade que vivemos?

Recentemente me perguntei à verdade realmente importa?

03/12/18 

Já são três anos e meio estudando jornalismo, me preparando para escrever notícias concretas e reais. Estudando para relatar fatos, fatos verdadeiros. Mas, no último mês, diversas notícias foram publicadas, muitas de fontes que nem eram conhecidas, e as pessoas não se preocupavam em saber se era real ou não. Simplesmente acreditavam naquilo que parecia ser mais fácil.

Durante as eleições, entre tantas Fakes News espalhadas, os que se passaram por mentirosos foram as notícias divulgadas na Globo, Folha, e outros veículos que são considerados grandes fontes para as notícias verdadeiras.

As pessoas querem soluções e acreditam fielmente em suas escolhas. Nas eleições deste ano eles queriam mudanças. Um país melhor, sem mentiras, entretanto, suas fontes de conhecimentos foram às famosas notícias falsas, divulgadas fortemente nas redes sociais, que foram determinantes para as eleições deste ano.

O WhatsApp que antes era usado apenas como um veículo de mensagens instantâneas, acabou tornando uma mídia de divulgação de notícias, que não foi preciso checar, pois, a falta de consenso das pessoas, o fizeram acreditar naquilo que era mais fácil, sendo essas suas fontes mais acessíveis.

Mas o que é Fake News, que em um mês ficou tão famosa no Brasil, e ampliou as ideias e crenças das pessoas?  Fake News, como já dito, são as notícias falsas, publicadas em fontes não seguras, ou fontes não reais. Segundo o site “Mundo Educação”, o termo Fake News é mais antigo do que aparenta, usada desde o final do século XIX. O site aponta que foi com o advento das redes sociais que essas publicações popularizaram-se, aparecendo primeiramente na imprensa internacional, sendo usada com mais frequência na eleição de 2016 nos Estados Unidos, quando Donald Trump tornou-se presidente. Fake news é um termo em inglês usado para referir-se a falsas informações divulgadas, principalmente, em redes sociais.

O que acontece é que hoje em dia as pessoas se preocupam demais com as coisas a sua volta, se interessando mais pela verdade daqueles que nem ao menos conhece. Mas, ao ser divulgada uma matéria, não se atentam em saber a autenticidade dos fatos, simplesmente tem convicção naquela informação.

A era digital traz uma visão ampla, servindo para ampliar a compreensão dos fatos. Mas, neste consenso atual que nos encontramos, é importante afunilar as informações recebidas, para que se tenha uma ideia mais clara e verdadeira, checando assim, o que é real ou não.

O importante é acreditar

A música “Mais uma vez” do Renato Russo trás uma reflexão sobre ter forças para vencer.

29/11/17

“Mas é claro que o sol vai voltar amanhã”. Quem nunca se pegou pensando nisso? A música de Renato Russo lançada em 1986 e regravada em 2003 nos faz pensar um pouco.

Em um dia chuvoso, ou naquele dia turbulento, que as coisas não andam bem, não importa a ocasião, sempre nos pegamos pensando que algo não vai dar certo, nos entristecemos, mas no final, o sol sempre volta a brilhar.

O que acontece é que vivemos nesta correria, a vida nos pede para sermos cada vez melhores, e querendo ser cada vez melhor, às vezes nos esquecemos de ser humanos, acabamos magoando um pouco as pessoas, e a nós mesmo.

Quando Renato diz “Tem gente que machuca os outros. Tem gente que não sabe amar. Tem gente enganando a gente” acredito que expos os seus sentimentos, como é normal fazermos, pois por estar sempre correndo, nos esquecemos de amar um pouco, e quando alguém confia em você, acaba se machucando.

Mas o incrível de tudo isso, é que sempre damos a volta por cima, dói, mas superamos, porque queremos mudar, e essa mudança é constante, afinal, o tempo não para, e o que mais queremos é conquistar e, “quem acredita sempre alcança”.

Essa música, para mim, trás força, faz realmente acreditar que por mais que nos desesperemos, o importante é permanecermos firmes, pois nossos sonhos se tornarão reais. A minha força vem de Deus, sei que com Ele conquistarei, e a música “Mais uma vez” do Renato Russo me faz lembrar-se disso, e nunca se deixar por alguém que não acredita em você. Algumas pessoas não sabem amar, mas você sabe, então ame a si e acredite, sonhe, ore, tenha fé, e assim, conquistará.

Deus te colocou aqui por um propósito, e este propósito não é viver a vida de qualquer jeito, é fazer diferença naquilo que gosta, é sonhar, realizar, é criar, se reinventar, agarrar-se no brilho do sol que todos os dias se faz presente, é deixar-se brilhar.

E já que essa música me inspira, espero que inspire a você também.

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem...

Tem gente que está do mesmo lado que você
Mas deveria estar do lado de lá
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Tem gente enganando a gente
Veja a nossa vida como está
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!

Mas é claro que o sol vai voltar amanhã
Mais uma vez, eu sei
Escuridão já vi pior, de endoidecer gente sã
Espera que o sol já vem

Nunca deixe que lhe digam que não vale a pena
Acreditar no sonho que se tem
Ou que seus planos nunca vão dar certo
Ou que você nunca vai ser alguém
Tem gente que machuca os outros
Tem gente que não sabe amar
Mas eu sei que um dia a gente aprende
Se você quiser alguém em quem confiar
Confie em si mesmo
Quem acredita sempre alcança!

Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!
Quem acredita sempre alcança!

EU NASCI NEGRO, APRENDI A VIVER COM O PRECONCEITO E COMO LUTAR CONTRA

“Bem tranquilo, sou bem tranquilo. Sonhador, sonho pra caramba, coisas grandes, e, sei lá, tonto, sou um palhaço, acho. Eu sei que sou um palhaço.” É assim que ele pensa, é como se vê, e é como os outros o enxergam, e ele tem certeza disso, ouve das pessoas o quanto é alegre. Possui bastantes amigos, bons amigos, e boas histórias pra contar.

Ele lembra um pouco da sua infância, tranquila, como qualquer outra, moleque, gostava de brincar na rua, arrancar o tampão do dedo, jogar bola, vídeo game, afinal, qual garoto não gostava? Ele se lembra da mãe, que se ela estivesse viva seria bem mimado, mais do que já fora. Na época ele não entendia muito bem, chorou, mas não fora o fim do mundo. Com o tempo entendeu que ela não estaria mais presente, e mesmo com todo o conforto que tivera, com a mordomia de morar com a avó, ainda assim teve que amadurecer cedo. Hoje ele vê o mundo de outro jeito.

Ele pensa em toda a sua vida, todos os momentos tristes e felizes, todas as pessoas que passaram, que deixaram uma história registrada. Pensa na cor da sua pele, que tivera que lutar contra o preconceito. Pensa na ex que não aguentou a pressão dos pais racistas, mas que culpa ela tinha? Até tentou vencer, mas ela não nasceu negra, não sabia lidar com isso, não havia como ter as duas famílias unidas. Vagabundo? Era assim como o viam por ser negro? Ele não tinha certeza, mas isso o deixou mais forte.

Pensou em tanta coisa, nos erros que cometera. Que já gostaria de estar formado na faculdade, com as coisas encaminhadas, progredindo. Mas não foi assim que aconteceu. Se o seu eu – criança voltasse hoje diria “você errou, teve a oportunidade de estudar e não levou a sério”. Mas ele riria disso e responderia “na vida não era pra dar certo talvez, ou era pra eu começar a estudar agora que estou mais maduro, sei lá, que eu levo as coisas mais a sério”. Nunca perdeu a fé, a oração é a sua fortaleza, pede a Deus para está no caminho certo. E a música? Ah, esse é o seu refúgio.

Ele não se arrepende, teve uma época boa, conheceu o mundo, foi pra baladas, bebeu, beijou, beijou muito até. Se da bem com a família, sem brigas, ele sabe que tem que entende-los as vezes, convive mais com a vó, mas isso não o impede de ter a família reunida.

E hoje segue com seus sonhos, garoto sonhador, que quer voar, ir longe, e ele sabe que chegará lá.

Essa vida de percas, de preconceitos, não o tornou amargo, pelo contrário, o fez uma pessoa doce e sensível, disposto a ajudar. Ergue a autoestima de qualquer um, não deixa os amigos tristes por muito tempo. O seu remédio? Sair pra se divertir e beber, que sempre ajuda. Ele possui um sorriso enorme, que é difícil de sair de seu rosto, quem o conhece sabe a alegria que ele transborda. Sua alegria contagia, e ele ama essa sensação.

Parei no meio da multidão, refletindo todas as vozes que passaram por mim.
Quantas histórias.
Hoje, quando sai correndo de casa, me sentia vazia,
apenas querendo fugir,
sem saber aonde iria chegar,
sem saber o que iria encontrar.
Estava perdida e fui achando um pouco de mim em cada história que ouvi,
me via nos olhos daquelas pessoas.
Um homem que se isola para o mundo por não aceitar a perda do grande amor.
Será que não somos capazes de superar uma dor?
Será tão impossível se reencontrar em outro amor?
Eu vou um dia amar? Aquela senhora,
aquele brilho no olhar,
aquele sorriso.
Era visível o seu amor. Quando sai de casa pra enfrentar o mundo,
me perguntei se as pessoas realmente se amam.
Encontrei tanta dor,
tantas percas,
isso me desanimou,
pensei em desistir,
não encontrava uma solução, pois as pessoas só pensam no que te fazem mal.
Mas, aquela mulher não era assim,
ela via um recomeço em tudo,
era possível amar uma, duas, quantas vezes quisermos,
é possível amar muitos.
Não que eu esteja me segurando na confiança de uma estranha,
mas foi ali que encontrei esperança,
encontrei vontade de lutar.
Queria continuar ouvindo-a,
mas ela saiu correndo em meio a multidão,
dizendo que tinha pressa para sorrir.

• Retirado do livro "Alice" - Eliana Ferreira

Meus passos

 

  Ao sair na rua, e olhar ao redor, vejo o movimento dos pés acelerados das pessoas. Aonde vão? Acho que nem ao menos sabem responder, mas estão com pressa de chegar, pressa de viver a rotina de todos os dias.

  Aonde vou? Será que devo me preocupar, já que meus passos são mais lentos? Não me preocupo tanto com a rotina, não acelero para conseguir passar na frente, na verdade, enquanto as pessoas se preocupam em sair correndo pela rua reta, eu me concentro em subir as escadas, mas sem pressa, um degrau de cada vez.

  Sim, hoje em dia ouvimos muito isso, mas na verdade ninguém realmente se importa não se preocupam em subir lentamente, a humanidade tem pressa, pressa de agir, de falar, de se casar, de ser cada vez mais. Tudo o que querem é acelerar os pés e parar o tempo, o que entra em contradição, penso que se o tempo desacelera, meus pés o acompanharão, e isso me fará pensar e agir melhor ao subir os degraus da minha escada, sendo cada degrau um momento de minha vida. E se o desafio é aproveitar cada momento, por que então as pessoas insistem em correr em uma rua reta, ao invés de parar e subir a escada demoradamente?

   Meus pés param em cada descoberta, em cada escolha, em cada conquista e desafio a realizar. Meus passos lentos procuram a simplicidade. Fecho os olhos e subo demoradamente, e ao parar em cada degrau, ainda observo os passos acelerados que nem ao menos sabem aonde chegar.

Foto: Eliana Ferreira

Não se perca

Perdemos tempo pensando no passado, o que deixamos de fazer, o que não devíamos ter feito.
Perdemos tempo pensando no futuro, planejando tudo aquilo que queremos alcançar.
Perdemos tempo pensando em quem nos magoou, nos abandonou, nos feriu.
Perdemos muito tempo com o que já passou ou o que ainda virá.
Perdemos tempo sentindo medo, e nos esquecemos que tem Alguém sempre olhando por nós. Nos esquecemos que a vida é agora, o importante é o que você faz hoje.
Não pense no que ficou, mas pense em fazer, em realizar.
As circunstâncias ocorridas durante nossa caminhada as vezes nos aprisiona, mas devemos seguir em frente. O mundo nos da dúvidas, mas Deus nos faz encontrar as respostas.
Deixemos o passado como lembranças, e o futuro nas mãos de Deus.
Procuramos uma felicidade eterna, mas esquecemos de aproveita-la a cada dia.
Aproveitemos o presente. Aproveitemos cada minuto, cada instante, cada lugar e pessoa que passa por nós. Aproveitemos, porque nossa vida é agora. Hoje é o que importa.

Foto: Eliana Ferreira

Medo

No silêncio de uma noite escura, e no calar de um canto qualquer, ele parou para pensar como seria se os 'nãos' fossem 'sim'; e os 'sim' fosse 'não'.
O que teria acontecido se tivesse ignorado o medo? Ele ainda estaria com ela? Lembrou dos seus olhos, como eles brilhavam quando estava feliz; seus diversos sorrisos - o que mais te encantava era sua gargalhada, divertida e suave; a simplicidade no seu andar, parecia que flutuava.
Lembrou também da certeza que trazia no seu falar, sempre fora decidida.
Ela era linda.
E o que fez deixá-la? Sim, o medo.
O medo do amor.
O medo de se entregar, arriscar. Medo de fazer o errado e decepcioná-la.
Ele teve medo.
Medo de erguer a cabeça, abrir os braços e envolve-la em seu corpo, dando carinho e atenção, que era o que ela pedia.
Teve tanto medo de não ser o que ela queria, que a perdeu.
Aonde será que ela está - é o que ele se pergunta.
Encontrou um outro alguém?
Deve ter se tornado uma grande mulher, ao contrário dele, que se prendia em seus medos.
Lembrou da sua mão macia que o segurava com força.
Como pode deixá-la ir, se tudo era melhor com ela por perto?
Desejou voltar no tempo.
Pensou em procurá-la. Mas o que diria?
Só restaram a saudade, e a dúvida, e se tivesse dito não ao medo e sim à ela?

Foto: Internet